A taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas do Rio Grande do
Norte após dois anos de atividade é de 62,6% (2005) e 62,1% (2006). Se
comparados aos de outros estados do Brasil, os índices colocam o RN como
o quarto pior no que se refere à consolidação dos empreendimentos após o
período inicial. Para as empresas constituídas em 2005 foram levados em
consideração dados dos anos de 2005 a 2008, enquanto as criadas em 2006
foram analisados os índices de 2006 a 2009.
João Hélio diz que avanços na carga tributária beneficiaram empresas no RN Foto:Fábio Cortez/DN/D.A Press |
Os
dados foram divulgados ontem pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae). O estudo é realizado desde 1997 através de
pesquisas de campo, porém a partir de 2011 passou a analisar informações
da base de dados das empresas na Receita Federal.
O presidente
da do órgão, Luiz Barreto, fez o anúncio durante uma entrevista
coletiva, em São Paulo. O estudo considerou ainda taxas por setores como
indústria, construção civil, comércio e serviços. O segmento que mais
se destacou no RN foi a construção civil que passou de 61,2% para 65%,
ao comparar os dados das empresas constituídas em 2005 e 2006,
respectivamente.
Embora tenha registrado uma ligeira queda de
64% para 63,4%, o setor de indústria também registrou um bom índice. O
comércio passou de 63,2% para 65,2%. A área que registrou o maior
declínio foi a de serviços que caiu de 61,6%¨para 56,4%.
Na
opinião do diretor-presidente do Sebrae em exercício, João Hélio
Cavalcanti, mesmo os resultados não sendo animadores para o estado até o
ano de 2009, o RN registrou uma melhora significativa na carga
tributária, o que tornou um ambiente mais favorável para o pequeno
empreendedor. "A expectativa é que no próximo ano o estudo retrate as
alterações implantadas no estado como a diminuição da carga tributária e
a aplicação dos limites de faturamento", ressaltou.
Com as
mudanças implementadas na economia local, foram formalizados mais de 22
mil empreendedores no RN nos últimos dois anos que não participaram do
estudo nacional do Sebrae. "A cultura empreendedora tem avançado no
estado, pois os projetos estão sendo acompanhados pelo Sebrae que tem
preparado e capacitado empresários. Isso torna as empresas mais
competitivas", afirmou.
Em relação ao crescimento no setor da
construção civil, João Hélio disse as empresas locais estão sabendo
aproveitar o boom imobiliário porque aumentaram seu faturamento e
disputam espaço com grandes empresas nacionais e até internacionais. "As
empresas locais se prepararam melhor e estão conseguindo aproveitar
esse bom momento que vive o estado na área da construção civil",
declarou.
Nenhum comentário :
Postar um comentário