sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Mudanças climáticas devem forçar a migração de milhões de pessoas

  

Natureza já está 'dando o troco' para o consumo descontrolado de recursos.
Artigo da 'Science' alerta para necessidade de criar políticas migratórias.


Com a população mundial chegando aos 7 bilhões, o impacto de todas essas pessoas sobre o meio ambiente atinge níveis sem precedentes. Um dos principais reflexos da grande quantidade de pessoas sobre a natureza que o ser humano deve sentir nas próximas décadas é a migração forçada por causa das mudanças climáticas.
O aumento de eventos como furacões, secas extremas, enchentes em regiões costeiras e em várzeas de rios, deslizamentos de encostas, entre outros, vai obrigar milhares a deixarem o local que habitam.

  A extensão do fenômeno ainda é difícil de avaliar – as estimativas variam entre 25 milhões e 1 bilhão de “deslocados”até 2050, segundo levantou o pesquisador Oli Brown em livro sobre o tema, publicado pela Organização Internacional de Migração.
O professor Norman Myers da Universidade Oxford, no Reino Unido, formulou um dos números mais aceitos em publicações a respeito. Ele estimou que até 2050 existirão no mundo cerca de 200 milhões de migrantes do clima.
O fenômeno é tema de artigo publicado na edição atual da revista “Science”, que alerta que, com um aumento de temperatura entre 2 e 4 graus, conforme a estimativa do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU, a remoção de populações será “inevitável em algumas regiões do mundo”, já que haverá “mudanças dramáticas na disponibilidade de água, nos ecossistemas, na produtividade rural, no risco de desastres e no nível do mar”.

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