Livro tem lançamento
confirmado dias 21 e 26 de novembro, na Cidade da Esperança e no Centro,
respectivamente, com shows do grupo Acorde e de Carlos Alexandre Júnior
Uma das principais
referências da música romântica no país a partir do final da década 1970,
Carlos Alexandre ganha sua primeira biografia. O lançamento do livro “O homem
da Feiticeira – a história de Carlos Alexandre”, assinado pelo jornalista
Rafael Duarte, acontece dia 21 de novembro (sábado), a partir das 15h, no pátio
da feira da Cidade da Esperança, bairro símbolo na trajetória artística do
cantor. O grupo vocal Acorde e o cantor Carlos Alexandre Jr. farão shows em
homenagem ao homem da Feiticeira. Na semana seguinte, dia 26, o jornalista
autografa o livro, a partir das 18h, no bar do Zé Reeira, na Cidade Alta.
A biografia é fruto de
três anos de pesquisa. Em 378 páginas, o autor narra a trajetória de Pedro
Soares Bezerra, menino pobre de Santa Fé, no agreste do Rio Grande do Norte,
que transformou o sonho de ser cantor popular no principal
objetivo da vida. O livro
sai pelo selo Caravela Cultural.
Em 11 anos de uma
carreira meteórica, Carlos Alexandre conquistou 15 discos de ouro e um de
platina. Foram mais de 2 milhões de discos vendidos em todo o país ancorados em
sucessos como Feiticeira, Ciganinha, Arma de Vingança, Vá pra cadeia, Final de
Semana, entre outras canções que ainda povoam o imaginário popular de fãs
espalhados Brasil afora.
O livro traz depoimentos
essenciais que ajudam o leitor a entender a importância do cantor potiguar para
a música popular brasileira. Artistas como Agnaldo Timóteo, Bartô Galeno,
Carlos André, Gilliard, Fernando Luís, Fernando Mendes, Lindomar Castilho, Paulo
Márcio, Messias Paraguai, Nando Cordel, além do jornalista e historiador Paulo
César de Araújo, falam do contato com a música de Carlos Alexandre e o que ela
representou para a época.
O livro será vendido pela
internet, através do site www.ohomemdafeiticeira.com.br,
pela fanpage do livro no facebook (O Homem da Feiticeira) ou nos seguintes
pontos de venda em Natal: Livraria Nobel (Av. Hermes da Fonseca, Lagoa Seca),
Sebo Vermelho (Avenida Rio Branco, Cidade Alta), Bardallos Comida e Arte (Rua
Gonçalves Ledo s/n, Cidade Alta) e Bar da Sol (Cidade Nova).
O livro
Na visão do jornalista
Rafael Duarte, o homem da Feiticeira foi um ídolo popular que conviveu com o
preconceito das elites, fez sucesso num país extremamente desigual e acabou
reconhecido num mundo particular do qual ele nunca quis se distanciar. “Mas
Carlos Alexandre também foi vítima. Uma vítima do sucesso que o fez acreditar
que poderia romper qualquer limite”, explica.
Depois de várias
tentativas para entrar na equipe que o radialista Carlos Alberto de Sousa
levava em caravana para tocar em circos e casas de shows pelo interior do Rio
Grande do Norte, o mundo se abriu para o jovem Pedro Soares Bezerra. Ganhou o
nome artístico de Carlos Alexandre na tentativa de dar força ao personagem que
até ali se apresentava como Pedrinho da Padaria. De escrita rude e fácil, tocou
o coração de uma gente tão simples como ele. A canção do Paralítico, por
exemplo, o aproximou das pessoas com deficiência física. “Carlos
Alexandre fez da música ‘Canção do Paralítico’ uma das mais incríveis ações de
marketing da música brasileira ao oferecê-la ao então candidato a deputado
federal Carlos Alberto, que tinha como marca assistencialista distribuir cadeiras
de rodas à população carente. Essa música é um divisor de águas na carreira
dele”, diz o biógrafo.
Certa noite, Carlos
Alexandre acordou de um sono profundo ao ouvir a própria voz pela primeira vez
na rádio quando Arma de Vingança começou a tocar. Com Feiticeira, seu maior
sucesso, ele ganhou as paradas e por lá permaneceu até quando quis o destino.
“O homem da Feiticeira é um pedaço escondido da Música Popular que ainda embala
o país. A história de Carlos Alexandre é, antes de qualquer coisa, a história
de um Brasil que vive à margem, mas que também sofre e ama como todo mundo”,
diz.
Segunda
edição
A biografia “Homem da
Feiticeira – A história de Carlos Alexandre”, lançada em 2015, é a segunda
edição do livro. Na primeira, datada de abril de 2014, a maioria dos exemplares
foi destinada a bibliotecas públicas e não pôde ser comercializada em virtude
do contrato entre o autor e a lei municipal Djalma Maranhão de incentivo à
cultura. O autor ficou com 150 exemplares, todos distribuídos gratuitamente. A
primeira edição contou com o fundamental patrocínio do colégio CEI. Essa
segunda edição, revista e ampliada, sai pelo selo Caravela Cultural.
Sobre o autor
Rafael Duarte é
jornalista, brasiliense, radicado em Natal desde 1998. Formado em Comunicação
Social pela UFRN, trabalhou como repórter no Diário de Natal, Tribuna do Norte
e Novo Jornal. O “Homem da Feiticeira – a história de Carlos Alexandre” é seu
primeiro livro.
Nenhum comentário :
Postar um comentário